SHARE.ICS
Encontros bimensais de alunos de doutoramento d
o ICS

Bi-monthly meetings of ICS doctoral students

Os encontros SHARE são seminários bimensais, criados, coordenados e realizados por alunos de doutoramento inscritos no terceiro ciclo de formação em história, arqueologia e geografia do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho / Lab2PT. Além de se tratar de um momento de encontro, cada sessão possibilita a um(a) doutorando(a) apresentar o progresso do seu trabalho de investigação e receber contributos dos seus pares. A comissão organizadora é, neste momento, composta pelos doutorandos Cláudia Novais (História), Fátima Silva (História), Sílvia Pinto (História). Se desejares apresentar num dos seminários contacta-nos via email.


The SHARE meetings are bi-monthly seminars created, coordinated, and held by doctoral students enrolled in the third cycle of studies in history, archiology and geography of the Institute of Social Sciences at the University of Minho / Lab2PT. Besides being an opportunity for doctorate students to meet, each session enables a doctoral student to present the progress of their research and receive contributions from their peers. The organizing committee is, at this moment, composed by PhD candidates Cláudia Novais (História), Fátima Silva (História), Sílvia Pinto (História). If you wish to present in one of the seminars please contact us via email.

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Encontros bimensais de alunos de doutoramento do ICS

Bi-monthly meetings of ICS doctoral students.

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SHARE.ICS #15
História History

28 jun 2024, 12h00—13h00 (CET+1)

Zoom, ID da reunião: 959 5405 1577

Senha de acesso: 816684

https://videoconf-colibri.zoom.us/j/95954051577pwd=QXIyeUpheXZrOEt6aGxIR3lKWXRJUT09

Leonardo Aboim Pires
Fresco como uma alface? Frescura alimentar e a realidade histórica da hortofruticultura portuguesa contemporânea
Fresh as a lettuce? Food freshness and the historical reality of contemporary Portuguese horticulture


 

Resumo
A alimentação pode ser abordada por diversas perspetivas e uma delas incide nas condições de conservação. A perecibilidade dos produtos animais e agrícolas constituiu um desafio para as entidades públicas ao longo do tempo e assegurar a sua fruição durante o maior tempo possível pelas populações originou abordagens tendentes a ver nas estruturas de armazenamento a solução mais viável. Mais que a perceção dos consumidores, embora esta não seja excluída, as políticas públicas sobre os modos de garantir o fornecimento alimentar em condições sanitárias viáveis e de preservação dos alimentos são incontornáveis, em correlação com as discussões académicas científicas. É neste sentido que o conceito de “frescura” surge como o mais funcional para ir ao encontro da análise desta matéria. Manter um produto fresco comporta três dimensões: o triunfo da técnica sobre a ordem natural das coisas; a garantia do acesso contínuo e diversificado a alimentos em quantidade e qualidade e, por fim, a promoção de determinantes de saúde pública. Inscrever estas noções, de forma integrada, nas políticas alimentares leva a que seja necessário efetuar um périplo histórico sobre a evolução desta realidade da frescura. Este será o foco na nossa comunicação tendo por base os desenvolvimentos da pesquisa levada a cabo no âmbito da nossa tese de doutoramento sobre a estruturação e análise das cadeias de valor agrícolas na hortofruticultura portuguesa nos séculos XIX e XX.


Bio
Licenciado em História (2015) e Mestre em História Contemporânea (2018), pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa. Atualmente é doutorando em Ciências da Sustentabilidade no Instituto de Ciências Sociais de Lisboa, com a tese intituladaDinâmicas agrícolas, competitividade e mercado: a hortofruticultura em Portugal (1850-2000). É membro do ReSEED – Rescuing seed’s heritage, projeto financiado pelo European Research Council e investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra. Tem dedicado a sua investigação sobretudo às questões da agricultura, da alimentação e do ambiente entre os séculos XVIII e XX. 


Abstract
Food can be approached from different perspectives, and one of them focuses on storage conditions. The perishability of animal and agricultural products has been a challenge for public authorities over time and ensuring that people can enjoy them for as long as possible has led to approaches that see storage structures as the most viable solution. Rather than consumer perception, although this is not excluded, public policies on how to guarantee food supply in viable sanitary conditions and food preservation are mandatory, in correlation with scientific academic discussions. It is in this sense that the concept of ‘freshness’ arises as the most functional for examining this issue. Keeping a product fresh has three dimensions: the triumph of technique over the natural order of things; guaranteeing continuous and diversified access to food in quantity and quality and, finally, promoting public health determinants. Integrating these notions into food policies makes it necessary to take a historical look at the evolution of this reality of freshness. This will be the focus of our paper, based on the research carried out as part of our PhD thesis on analyzing agricultural value chains in Portuguese horticulture in the 19th and 20th centuries.


Bio
He has a degree in History (2015) and a Master's in Contemporary History (2018) from the Faculty of Social Sciences and Humanities of the University of Lisbon. He is currently studying for a PhD in Sustainability Sciences at the Lisbon Institute of Social Sciences, with a thesis entitled Agricultural dynamics, competitiveness, and the market: horticulture in Portugal (1850-2000). He is a member of ReSEED - Rescuing seed's heritage, a project funded by the European Research Council, and a researcher at the Centre for Interdisciplinary Studies at the University of Coimbra. He has devoted his research mainly to issues of agriculture, food and the environment between the 18th and 20th centuries.